Semana do Calouro

E quem não participou da Semanana do calouro 2011.2 perdeu uma ótima oportunidade de saber o que vem acontecendo de bom na nossa faculdade, além de é claro conhecer os nossos calouros. O começo do curso é um momento crucial na vida de um estudante universitário, é nessa fase que temos as primeiras experiências com a carreira que escolhemos  e passamos a descobrir se é isso que queremos para o resto de nossas vidas, por isso o CADI preparou diversas palestras com estudantes que fizeram parte de diferentes projetos e por isso já possuem uma certa experiência e também com os professores que são os guias dessa jornada universitária.

Dentre as palestras tivemos Antônio Pires, atual presidente do CADI, que explicou o que é e para que serve um centro acadêmico. As atuais bolsistas do Projeto de Biojóias Larissa Portela e Luciana Mochel falaram um pouco da relação entre ensino, pesquisa e extensão e apresentaram aos calouros os principais resultados que o projeto já alcançou. O Professor Françisco Lobo falou sobre o que é Design, destrichando e abordando as principais 

áreas de atuação.

Dando continuidade a Semana do calouro os integrantes do projeto Iconografias do Maranhão Imaíra Portela, Milena Alves e Franklin Veiga falaram sobre todas as etapas das quais participarão desde a pesquisa de campo até a finalização do livro que apresentou os principais resultados do projeto. No mesmo dia o pessoal da estalo falou um pouco sobre como funciona uma empresa junior e quais os tipos de trabalho são realizados.

A contamine-se também teve seu espaço e mostrou como foi a participação e a boa receptividade de seus produtos em eventos como o N design e a Mostra Jovens Designers. Karol Guimarães falou um pouco sobre a experiência que teve na Universida do Porto , em Portugal, onde ficou por um semestre.

Para fechar com chave de ouro a comissão organizadora do LUDO falou um pouco sobre o evento passado e apresentou sua nova identidade visual. No mais fica aqui um Bem vindo a todos os calouros desse semestre e que possam desfutar ao máximo o ambiente acadêmico e todas as possibilidades que ele ofereçe.

ps. e aqui estão alguns de nossos calouros (bixos?)

Design e tendências

Ao contrário do que o senso comum diz sobre design, ser um profissional da área envolve habilidades bem maiores que simplesmente desenhar e ser criativo. Não é à toa que todo estudante deste curso aprende noções de antropologia, sociologia e filosofia como complemento aos conhecimentos específicos da área. Mas por qual motivo é preciso estudar essas ciências aparentemente desconexas do design?

Primeiramente, ser designer é trabalhar com diversos públicos. Cada público tem costumes e gostos diferentes, passa por experiências diversificadas e consequentemente possui necessidades específicas. O que seria de um profissional despreparado para essa enorme variedade de clientes diante de um mercado tão competitivo? Requisitos como esses precisam ser supridos com conhecimento dos comportamentos da sociedade diante do ato de consumir, dos modos de viver das pessoas e das tendências emergentes. São essas tendências que irão direcionar o modo de lidar com os consumidores e os tipos de produtos e serviços a serem desenvolvidos ou aperfeiçoados. São elas que praticamente “prevêem” o sucesso ou fracasso de um empreendimento, e por conta dessa importância um recente ramo de trabalho tem sido bastante valorizado: o Cool Hunting.

Conhecido anteriormente como pesquisa de mercado – onde o Cool Hunter, profissional da área, analisa o comportamento das pessoas e tem o papel de traduzi-las para futuros projetos e tendências de consumo -, o Cool Hunting tem sido bastante falado atualmente e está sendo cada vez mais explorado, tornando-se um artifício indispensável no Design. Sites especializados e cursos de graduação têm cumprido o papel de enfatizar a importância do ramo para um desenvolvimento bem-sucedido de projetos na moda, culinária, cinema e, claro, Design de Produto, Gráfico, Interfaces, entre outros.

Não há como negar o quão importante é observar e analisar os comportamentos das pessoas com a finalidade de extrair as necessidades que elas possuem, estando elas explícitas ou não. Isto forma o perfil de um designer mais bem preparado para lidar com todo tipo de projeto e que reconhece o potencial do que está projetando.

fotos:
http://cargocollective.com/danielsemanas#1184046/Darfs
http://www.zupi.com.br/index.php/site_zupi/view/corpos_em_movimento/

Entrevista: Delano Rodrigues

Recentemente o Professor Delano Rodrigues lançou o livro Naming: O nome da Marca, e o CADI aproveitando a oportunidade o convidou para um entrevista sobre design, livros e, é claro, naming!

CADI Professor, recentemente você lançou o livro "Naming: O nome da marca", como se deu o seu interesse por essa área do Design ainda pouco explorada?

DR Desde minha graduação já me interessava por assuntos relacionados com Identidade Corporativa, mas o meu interesse específico por Naming surgiu a partir de uma experiência com um cliente em 2000, onde fui convocado a buscar um nome para um hotel de São Luis-MA. Desde então venho buscando conhecimento nesta área através de literatura (principalmente em inglês) e participando de discussões, pesquisas e projetos.

CADI Sendo o naming uma área relativamente nova como foram as pesquisas? quais livros serviram de referência?

DR A minha pesquisa bibliográfica foi extensa, o termo naming relacionado a identidade de marcas é recente, a primeira referência que encontrei remete a decada de 1980, mas a atividade de escolher nomes para marcas já existia muito antes. No livro vocês encontrarão diversas referências que passam pelas áreas de Design, Letras, Marketing e Direito de Propriedade Industrial.

CADI Quanto tempo durou todo o processo do livro, das pesquisas até o lançamento? Quais foram as principais dificuldades?

DR Pesquiso o assunto desde 2000, mas me aprofundei no Mestrado em Design da PUC-Rio entre 2003 e 2005. Em 2006 recebi o primeiro convite de uma editora para transformar a pesquisa em livro, mas envolvido em vários projetos não pude viabilizá-lo. No final de 2008 a 2AB editora especializada em Design me procurou e aceitei o convite mas só no ano de 2010 pude revisá-lo e seu projeto gráfico aconteceu entre dezembro de 2010 e fevereiro de 2011, em maio último o livro foi lançado. Então posso dizer que o processo durou cerca de 5 anos.

CADI O livro já esteve presente em vários blogs sobre design como o livrosdedesign.com.br além de pré-lançamentos em eventos como o N Rio, como tem sido pra você essa repercussão?

DR A repercussão tem sido bastante positiva, pois se trata do primeiro livro de Naming no Brasil. Ele já foi lançado em São Luis-MA, Fortaleza-CE, Bento Gonçalves e Caxias do Sul no RS, Volta Redonda-RJ, dia 17/08 será lançado no Rio de Janeiro e 25/08 em Belém-PA. E temos convite para lançamentos entre os meses de setembro e novembro em Brasilia-DF, Recife-PE, Caruaru-PE e Belo Horizonte-MG.

CADI A produção brasileira de livros sobre design cresceu notavelmente nos últimos anos e editoras especializadas em design, como a 2AB, também vem ganhando bastante espaço, de que maneira esses fatores te ajudaram na produção de seu livro?

DR Hoje temos diversas editoras que lançam livros de Design no Brasil entre traduções e produções de autores Brasileiros. Além da 2AB, a Cosac, Bluscher, Rosari, Bookman, SENAC-RJ e SP, entre outras lançaram diversas obras nos últimos anos. E sem dúvida que esta "competição" faz com que a aumente a possibilidade de novos títulos sejam lançados.

CADI Quão importante você considera a atividade da leitura para um estudante de design?

DR O designer é um articulador de ideias, e para tê-las é preciso possuir repertório. E ler é uma das melhores formas de adquirir repertório.

CADI Quais livros você considera essenciais na prateleira de um designer?

DR Sou uma pessoa compulsiva por livros, e de Design nem se fala. Então pra mim é dificil definir poucos livros. Mas sugiro o livro: "Bibliográfico:100 livros clássicos sobre Design Gráfico" como uma boa compilação na área do Design Gráfico.

CADI Pretende lançar algum outro livro sobre Design ou ainda é muito cedo pra pensar sobre isso?

DR Já tenho o convite para o segundo livro e estou reunindo material para viabilizá-lo, mas não é um projeto para este ano.

25º Prêmio Museu da Casa Brasileira

E estão abertas desde o dia 20/07 as inscrições para o 25º Prêmio Museu da Casa Brasileira, um dos mais tradicionais concursos de design do país. O valor da inscrição é de R$ 60,00 e a competição é aberta tanto a estudantes quanto profissionais já formados e que atuam na área.

Também fiquem atentos porque em comemoração aos 25 anos de prêmio serão selecionados através de sorteios e também entre os finalistas uma bolsa de estudos na Domus Academy, em Milão.

E pra quem não sabe, o 25º Prêmio Museu da Casa Brasileira também promove o concurso do cartaz, que aconteceu durante o primeiro semestre.Esse ano o vencedor foi Pedro Henrique de Mattos Leme com o cartaz que você pode conferir logo abaixo:

As inscrições vão até o dia 29/08 e você pode dar uma olhada no regulamento no seguinte link:
http://www.mcb.org.br/premiodesign/pdf/regulamento25PD.pdf